terça-feira, setembro 18

quando nem as palavras chegam.

sempre achei que as palavras seriam uma forma interminável de me exprimir, de fazer sentir, de saber sempre como explicar aquilo que para nós faz tanto sentido.
mas afinal descobri que nos atraiçoam. atraiçoam porque não imprimem o tamanho daquilo que está dentro de nós. talvez sejam as palavras que nos fiquem entaladas e não as atitudes. 
sempre que estou contigo o que vês: 
uma frase minha que ainda mora em ti ou uma atitude que tomei? 

talvez nunca conseguirei explicar aquilo que verdadeiramente penso acerca de. terá de morar comigo pois sempre que tento falar a boca atraiçoa-me. como se quisesse abafar o meu desconforto, a minha insatisfação, a minha deslocação daquilo que dizem ser o mundo real. 
felizmente, existem olhares, toques, sorrisos que falam sem ser preciso falar. que fazem click e que percebes: "uffa", acho que me fiz entender.

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