escreve, mesmo que já tenhamos dito tudo há sempre mais algo a dizer.

um ano.
continuo invisível, continuo a não ser nada.
e eu que sempre tive esperanças, e para quê?
continuo invisível e já devia ter percebido que não há nada a fazer contra isto; estou farto de correr atrás de ti. lamento se tudo é mais complicado do que aquilo parece, lamento que não possa correr na tua direcção e dizer: olha eu amo-te. eu lamento se nunca vamos poder fugir juntos como eu sempre sonhei. eu realmente lamento, mas eu não posso fazer mais nada.
talvez a culpa tenha sido minha; hoje vejo que as razões que me levavam a sonhar contigo não são nada. são nulas.
és tanto e qualquer sorriso teu levava-me a acreditar até na eternidade; mas agora vejo que não existem sorrisos nem nuvens. não há eternidade e ainda bem porque se é sem ti não vale a pena.