por vezes esquece-me que o consolo não está nem nas pessoas,
nem nos lugares, nem nas coisas. enfim, em nada de tangível. parece-me também
precisar desse consolo que tanto busco mas não encontro. sei que essa calma
está bem dentro de mim, em algo claro está: intangível. na alma? não sei. mas
não convém esquecer-me: a calma que precisamos não está nem nas pessoas que nos
rodeiam, nem do sítio onde estamos, nem das coisas que temos.
está cruamente latente entre o perfeito encontro de uma
pessoa, num espaço e num tempo – sempre ou quase sempre, sem razão aparente.
enquanto isso, está dentro de mim. algures entre uma memória de criança e um
sonho ainda por realizar.
espero; e continuo a esperar;
e eu que odeio esperar.
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